Inicio com uma citação de William Hart, autor do livro “A arte de viver”: “Apesar de não poder ser tocada ou vista, a mente está mais intimamente ligada com o nosso interior do que os nossos próprios corpos: nós podemos idealizar uma existência futura sem usar o corpo, mas não podemos imaginar nenhum tipo de existência sem usar a mente”.
No artigo de hoje, falarei sobre o modelo da mente, aplicado por Gerald Klein (1939 – 2017), um dos melhores hipnotistas do mundo, que explica o desenvolvimento de técnicas poderosas para contribuir com o processo terapêutico da hipnose, além de técnicas eficazes e ilimitadas de uso.
De acordo com o hipnotista, nossa mente é dividida em 3 partes: consciente (onde passamos a maior parte do nosso tempo), subconsciente ( a “programação” de quem é você ) e inconsciente ( inacessível, não podendo ser alcançada para controle).
E como todo esse mecanismo funciona?
Imagine que está atravessando uma rua e logo vem um carro desgovernado em sua direção. Rapidamente, você se joga para o outro lado da calçada e diz: “’Nossa, foi inconsciente. Quando vi, já havia me desviado daquele carro”. Nesse momento, não passa nada em nossas cabeças, apenas sentimos a adrenalina nas veias e pernas em movimento. Essa é a MENTE INCONSCIENTE, relacionada ao nosso cérebro mais primitivo, cuja função é garantir a sobrevivência.
Apenas 5% de quem somos, faz parte da nossa MENTE CONSCIENTE. É chamada de memória funcional, que nos ajuda a guardar informações que utilizamos no dia a dia, como número do celular de alguém, endereço, uma história de filme. Na mente consciente, existe a parte analítica, a qual é responsável pelo pensar, analisar, fazer escolhas. Porém, não apenas as escolhas que refletimos, mas também as automáticas.
Já a MENTE SUBCONSCIENTE corresponde a 95% do que fazemos. As programações do que somos e o que faremos da vida são de responsabilidade da mente subconsciente. Como se fosse um disco rígido de computador, gravando informações permanentes, porém o acesso é trabalhoso se quisermos trazê-las para nosso consciente. Crenças que aprendemos e que nem damos conta, podem atrapalhar nossas vidas – no futuro – em todos os aspectos. Apesar de a função do subconsciente ser de autoproteção, acaba nos influenciando no decorrer da vida. O subconsciente age com emoções e hábitos que ficam armazenadas em nosso cérebro.
E com toda essa complexidade de programações criadas ao longo de nossa existência, o subconsciente carrega mais uma característica, a famosa síndrome de Gabriela.
“Eu nasci assim, eu cresci, eu sou mesmo assim, vou ser sempre assim, Gabriela”…
Ou seja, a pessoa deixa evidente a atitude de não querer mudar, pois realmente acredita que nasceu daquele jeito e assim ficará.
Além disso, temos o FATOR CRÍTICO, um filtro que utiliza todas as funções da mente consciente para selecionar o que irá entrar na mente subconsciente. Como se fosse um segurança que filtra todas as informações que consumimos diariamente.
Com a hipnose, é possível se reprogramar, utilizando um processo de concentração profunda acessando o subconsciente para inserir uma “verdade” ou sentimento aceitável, baseado nos valores do paciente ou por meio da Programação Neurolinguística – PNL, que acontece com base em estímulos internos, provocados através dos pensamentos ou linguagem que reprograma/ressignifica fobias, ameaças, crenças limitadoras, etc.
Agora que você tem esse conhecimento sobre sua mente, que tal começar a prestar atenção nas coisas que você tem feito sem pensar, nos hábitos que você não gosta ou que nem mesmo tinha consciência?
Forte abraço,
Denis Eustáquio
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